sexta-feira, 13 de outubro de 2017

MEU SEXTO LONGA - BIO



Andei dando uma olhada na minha (lamentavelmente pequena) filmografia: percebi que tiva a sorte e o prazer de ser convidado para fazer uns filmes (curtas e longas) diferentes, especiais, eu diria até mesmo conceituais. Foi assim com Os Residentes, de Thiago Mata Machado. Foi assim com Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro, que inventou de fazer um longa em plano sequência. E, é assim agora com BIO, do Carlos Gerbase. São filmes que arriscam além das margens. Experimentam linguagens. Filmes corajosos. 
BIO, é a história de um homem que nasceu em 1959 (eu sou de 1954) e morreu em 2070, contada por pessoas que o conheceram e, de alguma maneira, contribuíram para a sua trajetória. Relatos subjetivos reconstroem momentos decisivos da vida de um cara que nunca aparece.
Quando li o roteiro pensei que tinha tudo pra dar errado.
E talvez até desse errado se não fosse a direção do Gerbase. Mais do que a direção, o vislumbre do resultado que o Gerbase já tinha na cabeça quando começaram as filmagens.
Adoro fazer cinema. Adoro mais ainda quando são propostas inusitadas e instigantes.