segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PRIMEIRA ANOTAÇÃO



Há quase dois meses estou em Belo Horizonte. Como todo estrangeiro, turista ou trabalhador temporário, como é o meu caso, tenho caminhado bastante. Assim sendo, acho que já posso me dar ao direito de emitir alguma impressões sobre a cidade.
Então vamos lá:
Trata-se de uma cidade tão desumana quanto qualquer cidade que se pretenda grande. Favelas gigantescas. Concreto esmagador. Trânsito terrível e cruel para com os pedestres. Quem tem carro é que manda. Os morotistas são péssimos e embuídos de um prepotente espírito assassino. Fecham cruzamentos. Se fecham uns aos outros. Não respeitam as faixas preferenciais para pedestres e se ocê bobear eles te atropelam "com toda razão".
A porcentagem de mulheres feias é elevadíssima e em geral elas se vestem muito mal. Mesmo aquelas que apostam nas grifes dos vários mega shoppings da cidade se vestem com um mau gosto impressionante. A cidade tem uma vida cultural agitada, cheia de bares e magníficos restaurantes, com uma programação artística variada com a predominância do brega, o teatro infantil é da pior qualidade e o teatro adulto também se encontra infestado de produções caça-níqueis, comédias rasas e shows baianizados. A mineirice é visível. O pé na roça do cidadão comum e até de uns mais intelectualizados. Somente as ladeiras de Ouro Preto são mais íngremes que as daqui. É um inferno sair pra dar uma caminhada. Via de regra eu desisto. O transporte urbano é péssimo e ultra demorado. Tirando todas estas coisas que não prestam o resto é muito bom.
Roberto O.

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