sábado, 4 de julho de 2009

AINDA ORANGOTANGOS



eu simplesmente adorei fazer o filme. por vários bons motivos, eu adorei fazer o filme. o gustavo spolidoro tem uma alegria esfuziante de trabalhar e de viver, tem um entusiasmo pelo que faz que é contagiante. uma maravilha de trabalhar com uma pessoa assim. ele me convidou pra fazer o "quarentão" quando a gente estava terminando de rodar o "cão sem dono". voltando numa van disse que queria que eu fizesse o personagem. que quando eu o texto pensou logo em mim para o papel. fiquei completamente feliz e comprei o livro e li uma vez o livro e dez vezes o meu conto, o conto que havia inspirado a cena. era fascinante. além disso, eu estava sendo apresentado ao excelente escritor paulo scott (o mesmo de "crucial2.1"). e mais além disso, fui convidado para fazer o teste com as atrizes pré-selecionadas para opapel de "garota tatuada". improvisei a cena com duas gurias muito tatuadas. a primeira foi a letícia. letícia bertagna. falante. tentando ser solta e parecer relaxada. sorridente. tão feliz quanto eu de ter nas mãos a oportunidade de fazer aquele filme. com gana de ganhar. de cara gostei da cara dela. bateu. a outra menina, se chamava samy, linda, com umas tatuagens mais "carregadas" do que as da letícia. coisa louca: as duas tinham filho, meninos, e as duas tinham uma imagem do filho tatuada no corpo. samy era mais quieta, mais preocupada, tensa. fizemos duas vezes a cena. foi legal. o gustavo ficou pensativo. a escolhida foi a letícia e nós dois ficamos muito felizes de fazer o filme juntos. conversávamos muito, estávamos sempre juntos, bebendo cerveja e mais cerveja e muito perfume. foi uma maravilha. foi uma sorte minha. sorte grande também foi saber que eu estava no primeiro filme em um único plano-sequência.

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